O Ensino Religioso costuma ser um assunto polêmico, considerando a diversidade religiosa, embora seja relevante trabalhar em sala de aula, conforme BNCC ( Base Nacional Comum Curricular ).
A proposta desse ensino, enquanto área de conhecimento, é disseminar informações sobre o assunto, considerando os direitos de aprendizagem e a formação integral, que contemplam todas as áreas relevantes para a sociedade - portanto, o objetivo não é doutrinar alunos (as) como algumas pessoas acreditavam no passado.
Ensino Religioso na Educação Básica
Historicamente, o Ensino Religioso era uma disciplina curricular da Educação Básica, de caráter confessional, ou seja, tinha o objetivo de professar uma religião específica e estimular as pessoas a seguirem tal crença.
Com a implementação do Estado Laico, a partir da Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil (1891) e as que a sucederam, tornou o Ensino Religioso facultativo nas escolas. O Estado Laico foi oficialmente estabelecido com a Constituição Federal de 1988, que decretou a proibição da promoção e defesa de doutrinas de qualquer religião por parte do Estado.
A laicidade é observada no artigo 5 da Constituição Federal:
"Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade nos termos seguintes: (...)"
Desse modo, ficou definido que a disciplina do Ensino Religioso é facultativa, ou seja, ninguém pode ser obrigado a cursá-la e ela também não tem influência no desempenho escolar dos (as) estudantes.
Em 1961, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação ( LDB ), determina, com a Lei nº4.024, a matrícula facultativa no Ensino Religioso, mas ainda era ministrado por uma autoridade religiosa.
A versões seguintes da LDB determinaram:
- 1971 - matrícula facultativa, mas sem indicação de quem ministra a disciplina;
- 1996 - escolha do ensino religioso entre confessional ou interconfessional;
- 1997 - na versão vigente até hoje, proíbe qualquer tipo de proselitismo religioso, retira a opção de escolha entre confessional e interconfessional, mantendo a disciplina apenas em modelo não confessional, para assegurar a liberdade e diversidade religiosa.
( https://sae.digital/ensino-religioso )
Dinâmicas para as aulas de Ensino Religioso
As dinâmicas para essas aulas podem ser criativas e variadas, focando em reflexões, interações e aprendizado através de atividades que considerem a diversidade de crenças, o objetivo pedagógico, a faixa etária e sempre buscar a participação e o respeito.
- Gincana bíblica - uma gincana com perguntas e desafios relacionados aos conteúdos bíblicos.
- Painel duplo - divida a turma em dois grupos. Um defende uma tese e a outra a contesta. Os papéis são invertidos e o grupo todo pode opinar e votar no final.
- Quem sou eu? Bíblico - cole um nome de personagem bíblico na testa de cada estudante. Devem fazer perguntas de "sim" ou "não" para descobrir quem são.
- Entrevistas - peça para os alunos e alunas que entrevistem lideres religiosos de diferentes crenças, pessoas que enfrentaram preconceitos, para obter o conhecimento diretamente da fonte.
- Cineclube temático - exiba filmes ou documentários que abordem temas de espiritualidade ou diferentes religiões, em seguida abra para discussão.

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