*Brincadeiras e Saberes é um espaço onde o brincar se torna ponte para o aprender — com propostas lúdicas e ideias práticas para enriquecer a experiência das crianças em casa e na escola.
As brincadeiras fazem o seu papel divertido e didático. Porque educar também é brincar, e brincar é um jeito lindo de crescer.
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domingo, 6 de julho de 2025
Brincadeiras africanas
Como todas as brincadeiras de criança, os jogos infantis africanos são atividades que estimulam a consciência corporal, a memória e atividade em grupo.
É importante enfatizar que a África é formada por mais de 50 países, e que cada um tem seus povos, línguas e tradições - e que crianças de todos os lugares gostam de brincar!
Você sabia que muitos dos jogos modernos foram inspirados por jogos tradicionais africanos? Um exemplo claro disso é o "Pé de Lata", uma brincadeira muito popular entre as crianças brasileiras.
O Pé de Lata tem origem nas tribos africanas, onde jovens usavam pedaços de madeira ou bambu para se equilibrar e se movimentar. Com o tempo, essa ideia foi adaptada para latas e também para a perna de pau, muito usada em espetáculos de circo e teatro.
São diversos jogos e brincadeiras no nosso cotidiano que tem origem africana, como bambolê, cama de gato e pular corda e que seguem incentivando a criação de novas atividades e mostram a importância do brincar.
*Jogo: O silêncio é de ouro
Essa é uma adaptação de um jogo do Egito. Organize as crianças em círculo. Escolha uma para ser o faraó. O faraó anda em círculo e faz um gesto engraçado ou toca bem de leve em alguma das crianças sentadas.
Se a criança escolhida não fizer nenhum barulho, ele deve passar para a próxima criança que estiver à esquerda desta e seguir fazendo o mesmo gesto ou toque até passar por todas as crianças da roda. Se alguma criança fizer algum barulho enquanto o faraó estiver fazendo os gestos, ela assumirá o lugar do faraó.
(www.nestlefamilynes.com.br)
*Jogo: Fogo na montanha
(Canal Quintal da Cultura - Fogo na montanha)
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Abayomi, a boneca dos navios negreiros
Conta-se que ela foi criada por mães africanas nos navios negreiros para consolar seus filhos durante as longas viagens nos navios negreiros.
A palavra abayomi significa "encontro precioso" em Yorubá, idioma original da Nigéria, o país mais populoso de África, na região Ocidental do continente…
abay = encontro eomi = precioso
O fato inquestionável é que nada precioso esperava os pequenos “tripulantes” dos navios negreiros – chamados tumbeiros -, que atravessavam o oceano Atlântico a caminho do Brasil.
E imaginando a dor dos nossos antepassados, de todas as idades, acalma o coração imaginar que as crianças choravam e as mães rasgavam retalhos de suas saias e criavam pequenas bonecas, feitas de tranças ou nós, que serviam como amuleto de proteção.
(imagem - Siomara - @feitosperfeitos)
A boneca ganhou fama, forma e história no Rio de Janeiro, mais especificamente na zona oeste, no Ciep Luiz Carlos Prestes, localizado na Cidade de Deus, onde Lena atuava como coordenadora de animação cultural.
Ela era ativista do Movimento de Mulheres Negras e desenvolveu a técnica para a criação das abayomis, como um instrumento de conscientização e sociabilização que, com o tempo, transformou-se (e foi comercializada) em “símbolo de resistência” da cultura negra em diáspora.
Como fazer a boneca:
*Duas tiras, seis nozinhos. Cada nó, um desejo. Sem linha nem agulha.
*Em cada ponta da tira mais comprida se faz um nó, as pernas e pés. Depois dobra-se a tira ao meio e se faz um terceiro nó, a cabeça.
*Com a tira menor se faz os braços – um nó em cada ponta.
*Então, se amarra a tira mais curta logo abaixo do nó da cabeça.
*Depois coloca uma roupa, e faz de conta que tem olho, nariz e boca – a não demarcação destas marcas faciais favorecem reconhecimento das múltiplas etnias africanas, a nossa essência igual.
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