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terça-feira, 25 de novembro de 2025

A contação de histórias para crianças

 O ato de contar histórias para as crianças ganhou espaço nos últimos tempos. A importância disso é o estímulo à criatividade e ao lúdico, tão importantes na educação infantil. A contação de histórias é a prática de contar em voz alta uma narrativa, utilizando ou não elementos lúdicos no processo.

Além de ser um momento prazeroso e interativo entre quem conta e quem ouve, narrar histórias para crianças envolve fábulas, contos de fadas e lendas baseadas no repertório de mitos da sociedade. Ao se contar determinada história, permite que a criança inicie um processo de construção de sua identidade social e cultural.

agoravocesabe.com

A arte de contar histórias também é um momento importante para a criança ouvir com atenção e desenvolver suas habilidades cognitivas. Contribui para o desenvolvimento da linguagem ( uma vez que amplia o universo de significados da criança ) e do hábito da leitura. Com isso, ajuda no desenvolvimento da criatividade e raciocínio lógico da criança.

Mais do que uma forma de entretenimento, o conteúdo das histórias faz parte da formação do caráter da criança e ajuda os pequenos a lidarem com as descobertas e transformações, pelas quais todos nós passamos quando estamos crescendo e conhecendo o mundo que nos cerca.

Durante a contação, ao ouvir um conto, uma fábula ou uma lenda, a criança vivencia desde o início o imaginário e ao mesmo tempo, se vê na ação dos personagens, colaborando para a construção da ética e da cidadania.

- Ler e ouvir histórias

A voz, os gestos e a entonação que a pessoa usa ao dar vida a uma história são formas fundamentais de como contar histórias para crianças. É importante que a criança perceba as funções sintáticas da língua, o som das palavras e a entonação das expressões para que ela reconheça sentimentos como medo, alegria, raiva, dúvida, coragem...Por isso é tão importante que o contador domine a arte do contar.

Como contar as histórias

Comece com histórias que você já conhece. Pense em quais histórias interessarão seus ouvintes e o que é apropriado para suas idades. Por exemplo: você não contaria uma história de fantasma para crianças de três anos, mas os adolescentes poderia gostar.

Construa um banco de histórias para contar, continue encontrando novas, procurando em livros ou na internet. Traduza e adapte histórias que só podem estar disponíveis em outro idioma. Mantenha-os em uma pasta ou em um livro.

Pratique contar uma história contando pra si mesma até que você a conheça bem. Quando contar a outras pessoas, lembre-se de que sua voz e seu corpo são as suas principais ferramentas. Utilize-as para criar imagens na mente das crianças usando:
  • palavras interessantes e expressivas
  • expressões faciais, como carranca para mostrar o quão irritado a personagem é, gestos, como esticar os brações para mostrar o tamanho da coisa
  • expresse em sua voz diferentes vozes sonoras  de acordo com diferentes personagens
  • movimente o corpo, explique o significado de palavras consideradas mais difíceis e mantenha a atenção das crianças.
  • lembre-se, se você gosta de contar uma história há uma boa chance de que seu público goste de ouvi-la

Sobre a contação de histórias


Para Paulo Freire (1979 ), "contar histórias pode ser um ato de libertação, se cada conto e reconto for momento de diálogo aberto e crítico com compromisso e responsabilidade de formação de um ser humano digno, fraterno e justo".

Vygotsky ( 1997 ), Abramovich ( 1977 ), Ziberman ( 2003 ) entre outros teóricos, a contação de histórias é um valioso instrumento de auxílio à prática pedagógica de professoras e professores desde a educação infantil e perpassando demais etapas do ensino básico.

Segundo Piaget ( 1978 ), a prática da contação de história auxilia na formação humana, através da imaginação, atenção, linguagem. A criança aprende pelos objetos, como o meio social, brincadeiras e jogos, contribuindo para a promoção de aprendizagens com sentido e significado.

De acordo com a BNCC ( Base Nacional Comum Curricular ), a contação de histórias é um excelente estímulo para trabalhar esse campo da BNCC de maneira lúdica, valorizando a construção da própria identidade, de relações e afetos entre as crianças. (2023 )
( https://repositorio.univar.edu.br )

* Contação de história: trabalhando os campos da BNCC - https://blog.atapapublico.com.br


Seguem vídeos com dicas para contar histórias incríveis.

5 recursos criativos para contar história - Lívia Alencar


História Cantada: A Amizade ( As diferenças ) - Cantiga Ricardo Reis Pinto - Canal Kátia Pardal


Como Manter a Atenção das crianças pra hora da leitura ou contação de histórias - Fafá conta histórias


Para terminar, uma linda história:

A caixa dos minutinhos - Rosane Novazik



Narração de historias ( também conhecida como contação de histórias ou storytelling ), é a atividade que consiste em transmitir eventos na forma de palavras, imagens, sons e muitas vezes pela improvisação ou embelezamento...






















sexta-feira, 21 de novembro de 2025

Brincar fazendo arte em casa e na escola

 Ensinar arte para crianças pode ser um desafio, afinal como tornar significativo a elas a história da arte.
Utilizando meios lúdicos, brincando as crianças podem viver experiências significativas com a Arte, elaborando questionamentos, fazendo associações e se posicionando em relação a experiência vivida.

O brincar ou o jogo não é simplesmente um "passatempo", é uma necessidade orgânica e ocupa lugar de extraordinária importância na educação escolar. No ato de brincar, os sinais, os gestos, os objetos e os espaços valem e significam outra coisa daquilo que aparentar ser.

Ao brincar as crianças recriam e repensam os acontecimentos que lhes deram origem, sabendo que estão brincando. Segundo HAIDT (2000), o jogo é uma atividade física ou mental organizada por um sistema de regras. É uma atividade lúdica, pois se joga pelo simples prazer de realizar esse tipo de atividade.

br.freepik.com


Brincadeiras criativas podem ser feitas com as crianças em família, na escola ou até em uma festa de aniversário:

-Jogo da memória diferente

Separe objetos como escova, tampinhas, lápis...para a criança memorizar por alguns segundos e depois, sem a criança ver, retire um dos objetos e peça para que ela diga qual objeto está faltando.

- Fantoches e Sombras

Fantoches são especiais, podem contar boas histórias e fazer grandes brincadeiras. As crianças podem ser as personagens ou as espectadoras, o importante é usar a imaginação. Outra forma é o jogo das sombras. Com as luzes apagadas, uma parede e uma lanterna todos podem se divertir fazendo sombras, contando histórias e adivinhando formas.

- Arte em casa e na escola

Com folhas de papel, canetas coloridas, tintas, pincel e materiais de papelaria é fácil pensar em brincadeiras criativas:

* Desenho maluco - cada participante recebe uma folha em branco. O primeiro passo é desenhar uma cabeça no alto da folha. Depois dobram-se as folhas e são trocadas entre os participantes. Em seguida, cada participante continua o desenho na folha que recebeu, no final as folhas estarão com os desenhos formados.

* Decorar objetos com glitter.

*Pintar com os pés.

*Fazer pontilhado com cotonetes.

* Fazer retratos e desenhos divertidos com recortes e colagens de revistas.

* Fazer desenhos e formas usando Post-its ( papel com uma camada de adesivo na parte de trás).

* Desafio de desenhar sem tirar o lápis do papel.

* Experimentar a pintura com esponjas, flores, dedos, mãos e carimbos criativos.

* Desenhar com caneta para porcelana em canecas.

*Fazer cartões artísticos

São muitas ideias, o importante é deixar a imaginação comandar as brincadeiras. Na infância, fazer arte e brincar são ações interligadas. Em aulas de artes, muitas brincadeiras criativas são usadas para facilitar o processo de aprendizagem.

- Fazendo arte com papel


A arte da dobradura é uma forma de técnica japonesa de criar objetos e formas através da dobradura de papel, sem cortes ou cola, conhecida como origami - "ori" (dobrar) e "kami" (papel). No vídeo a seguir, a arte da dobradura é para compor um barco à vela com sensação de movimento:

Dobradura e Composição - Barco à Vela - Aula de Artes para Sala de Aula - FaccinArte

Também há o Kirigami, uma técnica que, além da dobradura (origami), utiliza cortes. O Origami e o Kirigami é arte e cultura como um recurso lúdico e educativo. Segue um vídeo com ideias de kirigami:

Como fazer Kirigami - Aline Albuquerque

























segunda-feira, 10 de novembro de 2025

Ensino Religioso em sala de aula num Estado Laico


 O Ensino Religioso costuma ser um assunto polêmico, considerando a diversidade religiosa, embora seja relevante  trabalhar em sala de aula, conforme BNCC ( Base Nacional Comum Curricular ).

 A proposta desse ensino, enquanto área de conhecimento, é disseminar informações sobre o assunto, considerando os direitos de aprendizagem e a formação integral, que contemplam todas as áreas relevantes para a sociedade - portanto, o objetivo não é doutrinar alunos (as) como algumas pessoas acreditavam no passado.

Ensino Religioso na Educação Básica

Historicamente, o Ensino Religioso era uma disciplina curricular da Educação Básica, de caráter confessional, ou seja, tinha o objetivo de professar uma religião específica e estimular as pessoas a seguirem tal crença.

Com a implementação do Estado Laico, a partir da Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil (1891) e as que a sucederam, tornou o Ensino Religioso facultativo nas escolas. O Estado Laico foi oficialmente estabelecido com a Constituição Federal de 1988, que decretou a proibição da promoção e defesa de doutrinas de qualquer religião por parte do Estado.

mpc.pr.gov.br

A laicidade é observada no artigo 5 da Constituição Federal:

"Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade nos termos seguintes: (...)"

Desse modo, ficou definido que a disciplina do Ensino Religioso é facultativa, ou seja, ninguém pode ser obrigado a cursá-la e ela também não tem influência no desempenho escolar dos (as) estudantes.

Em 1961, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação ( LDB ), determina, com a Lei nº4.024, a matrícula facultativa no Ensino Religioso, mas ainda era ministrado por uma autoridade religiosa.

A versões seguintes da LDB determinaram:

  • 1971 - matrícula facultativa, mas sem indicação de quem ministra a disciplina;
  • 1996 - escolha do ensino religioso entre confessional ou interconfessional;
  • 1997 - na versão vigente até hoje, proíbe qualquer tipo de proselitismo religioso, retira a opção de escolha entre confessional e interconfessional, mantendo a disciplina apenas em modelo não confessional, para assegurar a liberdade e diversidade religiosa.
Atualmente o Ensino Religioso tem por objetivo propor reflexões sobre fundamentos, costumes e valores das diferentes religiões existentes na sociedade, explorando conteúdos de maneira interdisciplinar, com atividades que estimulam o diálogo e o respeito entre religiões.

( https://sae.digital/ensino-religioso )

Dinâmicas para as aulas de Ensino Religioso

As dinâmicas para essas aulas podem ser criativas e variadas, focando em reflexões, interações e aprendizado através de atividades que considerem a diversidade de crenças, o objetivo pedagógico, a faixa etária e sempre buscar a participação e o respeito.

  • Gincana bíblica - uma gincana com perguntas e desafios relacionados aos conteúdos bíblicos.
  • Painel duplo - divida a turma em dois grupos. Um defende uma tese e a outra a contesta. Os papéis são invertidos e o grupo todo pode opinar e votar no final.
  • Quem sou eu? Bíblico - cole um nome de personagem bíblico na testa de cada estudante. Devem fazer perguntas de "sim" ou "não" para descobrir quem são.
  • Entrevistas - peça para os alunos e alunas que entrevistem lideres religiosos de diferentes crenças, pessoas que enfrentaram preconceitos, para obter o conhecimento diretamente da fonte.
  • Cineclube temático - exiba filmes ou documentários que abordem temas de espiritualidade ou diferentes religiões, em seguida abra para discussão.

Importante:

- Planeje com intencionalidade, as atividades devem estar alinhadas com os objetivos do ensino.

- Respeite a diversidade, aborde as diferentes matrizes religiosas (africana, indígena, oriental, ocidental)  com o mesmo peso e evite o preconceito.

- Seja sensível, crie um ambiente seguro para que a turma possa expressar suas ideias sem medo.

- Incentive a reflexão, mais importante que a resposta certa é a reflexão e a troca de ideias que a dinâmica proporciona.
( Visão gerada por IA )

Que tal terminar com a história do Pote dos Sorrisos 😀

O pote dos sorrisos - Rosane Novazik - YouTube 




terça-feira, 4 de novembro de 2025

A importância da aprendizagem significativa


 A aprendizagem significativa é importante porque solidifica o conhecimento por mais tempo. Desenvolve habilidades cognitivas cruciais como pensamento crítico, raciocínio lógico e resolução de problemas. Além disso, a aprendizagem significativa aumenta o engajamento dos estudantes.

Benefícios da aprendizagem significativa

- Retenção de longo prazo: o conhecimento é lembrado por mais tempo porque é integrado à estrutura cognitiva da pessoa, em vez de memorizado de forma mecânica.

- Aplicação prática: a pessoa é capaz de usar o que aprendeu em diferentes contextos da vida real.

- Desenvolvimento cognitivo: estimula habilidades importantes como pensamento crítico, raciocínio lógico, análise, síntese e resolução de problemas.

- Maior engajamento e autonomia: torna o aprendizado mais interessante e relevante, aumenta o envolvimento do(a) estudante e o(a) incentiva a ser mais responsável por seu próprio aprendizado.

- Conexão com o conhecimento prévio: reconhece que seus conhecimentos prévios são fundamentais para a construção de novos saberes, permitindo a professora ou professor personalizar o ensino com base neles.                                                                                                 ( Visão geral gerada por IA )

Afinal, o que é aprendizagem significativa?

A aprendizagem significativa transcende a memorização na sala de aula e transforma o processo pelo qual os(as) estudantes atribuem significado ao conhecimento. A perspectiva relaciona o saber às experiências vividas, contribuindo para a aplicação prática do pensamento crítico e para a compreensão mais profunda dos conceitos científicos.

Na escola a aprendizagem significativa envolve atividades e propostas pedagógicas que conectam os conteúdos ao cotidiano dos(as) estudantes. Essas práticas tornam a aquisição de informações mais relevantes e fomentam a participação ativa da turma, dentro e fora da sala de aula.
( www.pueridomus.com.br )

pt.vecteezy.com

Algumas frases de pensadores sobre a  educação
 
"Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção." - Paulo Freire - Paulo Reglus Neves Freire foi um educador brasileiro, considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial. É também o Patrono da Educação Brasileira. ( 19/09/1921 - 02/05/1997 )

"A educação não tem preço. Sua falta tem custo." -  Antônio Gomes Lacerda - Bacharel em Física e ex-professor de várias instituições de ensino superior. Ele também é autor de frases e reflexões sobre a educação.

"Educar é semear com sabedoria e colher com paciência." -  Augusto Cury - é um psiquiatra, professor e escritor brasileiro. É autor da Teoria da Inteligência Multifocal, possui livros publicados em mais de 70 países.   ( 02/10/1958 )

"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo." - Nelson Mandela - Nelson Rolihliahia Mandela foi um advogado, líder rebelde e presidente da África do Sul de 1994 a 1999 vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 1993.   ( 19/07/1918 - 05/12/2013 )

"O principal objetivo da educação é criar pessoas capazes de fazer coisas novas e não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram."  -  Jean Piaget - Jean William Fritz Piaget foi um biólogo, psicólogo e epistemólogo suíço.
 Considerado um dos mais importantes pensadores do século XX.  A teoria da aprendizagem de Piaget é uma abordagem interacionista que vê o conhecimento como uma construção ativa do indivíduo, por meio da interação contínua entre o indivíduo e o ambiente.   (09/08/1896 - 16/09/1980 )

"As palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor. Aprendemos palavras para melhorar os olhos."  -  Rubem Alves - Rubem Azevedo Alves foi um psicanalista, educador, teólogo, escritor e pastor. Foi autor de livros religiosos, educacionais, existenciais e infantis. È considerado um dos principais pedagogos brasileiros, junto com Paulo Freire.    (15/09/1933 - 19/07/2014 )
( Wikipédia )

Considerações


Muitos outros pensadores trouxeram sua contribuição, e pensar a educação é importante porque ela é a base do desenvolvimento individual e social, formando cidadão críticos, conscientes e participativos.  Essa  reflexão permite construir um futuro mais justo e fraterno, capacitando pessoas para se adaptarem e novos contextos e superarem desafios.

 É fundamental para o desenvolvimento econômico, o bem-estar social e a construção de uma sociedade democrática com qualidade de vida para todos.
( Visão gerada por IA )






quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Dinâmicas para aula de Ciências


 As dinâmicas são importantes ferramentas para o engajamento da turma. Auxilia no conhecimento entre si e no sentimento de pertencer. Metodologias diferentes são fundamentais para o aprendizado da turma. Por isso, aulas lúdicas para o ensino de Biologia e Ciências podem auxiliar na fixação do conteúdo.

É cada dia mais comum o uso de atividades lúdicas em sala de aula, chamamos de atividades lúdicas aquelas que estimulam e causam prazer nas pessoas envolvidas, tais como jogos e brincadeiras. A utilização dessas atividades pode contribuir positivamente na construção do conhecimento do (a) aluno (a).

Quando estamos brincando, por outro lado, não existe o peso das notas e o conhecimento torna-se prazeroso. É importante também não tornar o jogo uma imposição, e sim uma atividade que todos queiram participar.

1 - Bingo dos vertebrados

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Primeiramente é necessário que a turma tenha um conhecimento prévio do conteúdo, pois só assim será possível a realização do bingo. As cartelas deverão ter a resposta das perguntas, pode ser desenho ou resposta escrita. Nenhuma cartela será igual a outra e o número de cartelas  e perguntas depende da quantidade de estudantes, que poderão sentar em duplas.

Recorte as perguntas, coloque-as em uma caixa. Distribua as cartelas do bingo, feijões ou milho para que eles (as) possam marcar suas respostas. Sorteie as perguntas até que uma dupla consiga marcar toda a  cartela.     Exemplo: "As aves possuem na traqueia uma estrutura responsável pela emissão de sons. Qual é o nome dessa estrutura? Nesse caso uma das cartelas deverá ter a opção "siringe"

( Por Vanessa dos Santos - Graduada em Biologia )

2 - Jogo do Sistema Digestório

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A anatomia é uma disciplina que necessita de visualização e muitas escolas não fornecem bonecos para esse estudo. Levar cartazes com desenhos, utilizar datashow ou o uso do próprio boneco facilita muito o aprendizado. 

A professora ou professor então elaborará perguntas acerca do sistema digestório, tais como: "Em que órgão o suco gástrico é produzido? O  aluno ou aluna deverá responder colando o órgão certo no lugar correto. É interessante que a sala seja dividida em grupos para a realização da dinâmica. 

Essa maneira simples e lúdica de aula pode ser usada em revisão de prova, por exemplo, pois além de relaxar, a turma aprende brincando.
( Por Vanessa dos Santos - Graduada em Biologia )

3 - Trabalhando os sentidos em sala de aula

br.freepik.com

Para trabalhar a visão e ao mesmo tempo o paladar, pode-se fazer sucos de diferentes sabores e colocar corantes de diferentes cores. Por exemplo, suco de limão com corante vermelho, suco de melancia com corante amarelo e assim por diante, sempre com a intenção de confundir o paladar da turma.

Peça aos alunos (as) que escolham um suco, vão selecionar o suco pela cor, sem cheirar e bebê-lo. Depois pergunte sobre o sabor do suco. Eles (as) ficarão confusos (as), pois o paladar se confunde com o que temos na memória sobre a associação que fazemos entre cores e sabores.

Outra dinâmica interessante é levar diferentes perfumes, diferentes vegetais e óleos, para sentirem o cheiro. Os mais conhecidos, como o alecrim, podem ser questionados com os (as) estudantes de olhos vendados, para que se identifique apenas pelo cheiro e não pela forma da planta.

Colocar diferentes estilos de música é bem favorável para que percebam os sons, e compreendam a audição. Desde música clássica, rock, reggae e até o simples barulho de água caindo. Peça para descreverem suas sensações com os diferentes tipos de som.

Já para o tato, pode-se levar bichos de pelúcia, água gelada, bolas de gude...e pedir para que cada um (a) coloque a mão nesses objetos. Sentir a textura, a forma, a temperatura, cada um através do tato. Esses objetos devem ser colocados em uma caixa de modo que não consigam ver o que tem dentro. Somente depois de colocada a mão é que devem sentir e explicar a sensação.

Contudo, é interessante explicar a fisiologia dos processos sensoriais antes dessa dinâmica, para que compreendam o que acontece com eles a todo instante.

(Por Giogia Lay-Ang - Graduada em Biologia - Equipe Brasil Escola)












segunda-feira, 20 de outubro de 2025

Jogos em sala de aula para EJA


Para a Educação de Jovens e Adultos - EJA, os jogos podem ser educativos e lúdicos, incluindo jogos de tabuleiro ( bingo, dama, xadrez, quebra-cabeça...), jogos de raciocínio e estratégia ( tangram, jogos de lógica, jogos de memória) e jogos digitais (plataforma, jogos educativos online). 

Outras opções incluem dinâmicas de grupo, como jogos de mímica e caça ao tesouro, além de adaptar jogos tradicionais como o adedonha, usando sílabas em vez de palavras.

(escolaeducação.co.br)

* Tipos de Jogos

- Jogos de tabuleiro - crie um tabuleiro temático, com casas coloridas que representem diferentes matérias e perguntas correspondentes.

- Jogos digitais - desenvolva ou utilize jogos que auxiliem na alfabetização e na informática básica, com atividades como "clique na letra", "digite a palavra" e outros que ensinem o uso do computador.

- Jogos de memória e agilidade - utilize jogos de memória com imagens e palavras para desenvolver a memorização e a capacidade de reconhecimento, além de jogos de tabuleiro que promovam a agilidade mental.

- Atividades lúdicas - incluir jogos de movimento, como "estátua" e "caça ao tesouro", para estimular a socialização e a interação.

Obs: defina a dinâmica dos jogos, adapte a dificuldade de cada jogo e reforce sempre o aprendizado.

* Objetivos desses jogos

Desenvolver habilidades cognitivas, promover a alfabetização e o letramento, estimular a socialização, valorizar a experiência da turma - (integrar os jogos com as memórias e experiências dos (as) estudantes, resgatando jogos da infância e mostrando a evolução dos brinquedos e tecnologias).

                                                               (guiadecursos.net)

* Dinâmicas para integração e descontração

- Dinâmica do nó humano - os (as) estudantes se dão as mãos e depois, sem soltar, tentam "desatar" o nó.

- Desenho cego - em duplas, um descreve um objeto enquanto o outro, de olhos fechados, tenta desenhá-lo.

- Verdade ou mentira - cada aluno (a) conta uma história sobre si, misturando fatos com mentiras e  colegas tentam adivinhar quais são verdade ou mentira.

* A importância dos jogos e dinâmicas para EJA

Esse tipo de atividade estimula o raciocínio lógico, a alfabetização, a resolução de problemas, promovem habilidades sociais como cooperação, comunicação e lidar com erros de forma positiva. Além disso, ajudam a resgatar o prazer de aprender, desconstruir preconceitos e desenvolver a autoestima dos (as) estudantes.

Traz motivação e engajamento, despertando a curiosidade intelectual de estudantes adultos, que muitas vezes estão afastados da escola há muito tempo. Além do desenvolvimento cognitivo, jogos de palavras e outros jogos educativos auxiliam na alfabetização, reforçando a consciência fonológica e silábica. ajudando na apropriação da linguagem e da escrita.

Através da aprendizagem significativa, permite que os alunos e alunas construam novos conhecimentos e ressignifiquem os que já possuíam. Também contribui para o desenvolvimento da afetividade e da segurança, impactando positivamente a autoimagem e a vontade de participar das atividades escolares.

( Visão geral criada por IA )

O uso do lúdico na realidade do EJA
 - canal Danyel Leite - YouTube






segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Tecnologia e Educação


A tecnologia tem desempenhado um papel cada vez mais importante na transformação da educação. A incorporação de ferramentas digitais e recursos tecnológicos na sala de aula têm revolucionado a forma como estudantes aprendem e as professoras e professores ensinam.

De acordo com o mapeamento Edtech 2022 ( empresas que desenvolvem soluções tecnológicas para a oferta de serviços relacionados à educação ), realizado pela Deloitte e pela Associação Brasileira de Stertups, o atendimento da alta demanda tecnológica gerada para o setor da educação no período da pandemia do Coronavírus, mostrou a força do segmento, fazendo com que este mercado crescesse 44% em apenas dois anos.

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Tecnologia como ferramenta de aprendizado

Com o avanço tecnológico, as salas de aula tradicionais têm se adaptado para se tronarem ambientes de aprendizado mais interativos e dinâmicos. A tecnologia como computadores, tablets e dispositivos móveis, oferece acesso instantâneo a uma ampla gama de recursos educacionais, incluindo livros digitais, vídeos interativos, simulações e jogos educativos. 

São ferramentas que permitem aos estudantes experiências de aprendizado mais envolventes, visualmente estimulantes  e interativas. Uma das tendências na integração da tecnologia na educação é a personalização do aprendizado.

Com recursos como a aprendizagem adaptativa, os (as) alunos (as) podem ter acesso a conteúdos e atividades educacionais específicas para suas necessidades individuais. Algoritmos inteligentes analisam o desempenho e o progresso dos alunos e alunas, identificando lacunas de conhecimento e fornecendo materiais personalizados para preenchê-las.

Isso permite que os (as) estudantes avancem em seu próprio ritmo e recebam suporte adicional quando necessário, tornando o processo de aprendizado mais eficiente e eficaz. Outra tendência significativa é a promoção da colaboração e do compartilhamento de conhecimento por meio de plataformas digitais.

Ferramentas como fóruns online, ambientes virtuais de aprendizagem e sistemas de gerenciamento de aprendizagem, permitem que os alunos e alunas se conectem e colaborem uns com os outros, mesmo que estejam fisicamente distantes.

Essa colaboração pode ocorrer por meio de discussões, projetos em grupo e compartilhamento de recursos. A tecnologia possibilita que estudantes desenvolvam habilidades de trabalho em equipe, comunicação eficaz e pensamento crítico, preparando-os para o mundo profissional.

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Perspectivas futuras


À medida que a tecnologia continua a avanças, as perspectivas para a integração da tecnologia na educação são promissoras. Algumas tendências emergentes merecem destaque:

- Aprendizado móvel

Com o aumento do uso de dispositivos móveis, como smartphones e tablets, o aprendizado móvel tornou-se uma realidade na educação. Estudantes têm acesso a recursos educacionais a qualquer hora e em qualquer lugar, o que permite uma aprendizagem contínua além das paredes da sala de aula.

Aplicativos móveis, plataformas de aprendizado online e conteúdo adaptado para dispositivos móveis, estão transformando a forma como estudantes interagem com o conhecimento e ampliando assim suas oportunidades de aprendizado.

- Realidade virtual e aumentada

A realidade virtual (RV) e a realidade aumentada (RA), estão ganhando espaço na educação, proporcionando experiências imersivas e interativas. A RV permite que estudantes explorem ambientes virtuais tridimensionais, simulando experiências do mundo real que seriam difíceis ou impossíveis de vivenciar de outra forma.

Por outro lado, a RA sobrepõe informações e elementos virtuais ao ambiente físico, enriquecendo a interação e a compreensão dos conteúdos. Essas tecnologias prometem transformar a maneira como estudantes aprendem, tornando a educação mais envolvente, estimulante e relevante.

RV = é uma experiência imersiva que transporta o usuário para um ambiente completamente digital: envolve o uso de óculos ou headsets especiais que isolam a pessoa do mundo físico.

RA = insere elementos virtuais no mundo real, como smartphones, tablets ou óculos inteligentes para exibir os elementos virtuais sobrepostos ao ambiente real.

- Outros cenários

Um aspecto interessante do avanço da tecnologia na educação é a diversidade de áreas que se beneficiam dessas inovações. Muitas empresas estão atuando somente de forma digital e conseguem atingir números impressionantes.

É interessante observar como a tecnologia tem influenciado diversos setores, incluindo aqueles que estão fora do escopo tradicional da educação. Essas inovações demonstram a versatilidade e o impacto em diferentes aspectos de nossas vidas.

Um avanço importante que veio para ficar

A tecnologia está revolucionando a educação, proporcionando novas oportunidades de aprendizado, personalização e colaboração. É importante abraçar essas mudanças e aproveitar os benefícios que a tecnologia pode oferecer para enriquecer o processo educacional.

Seja na sala de aula ou em outros ambientes, a tecnologia está desempenhando um papel significativo na forma como aprendemos, interagimos e exploramos o conhecimento.




       





















 

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Educação inclusiva: crianças atípicas na escola regular


 Por Isabela Marques - A educação inclusiva é uma prática educacional que busca acolher as crianças com autismo, neurotípicas e neuroatípicas que possuem dificuldade na alfabetização, atingindo o desenvolvimento intelectual.

A  função da educação inclusiva é tornar acessível todo conteúdo trabalhado em sala de aula. Geralmente essas crianças precisam de um apoio constante durante as aulas, seja através do material didático adaptado ou de professora ou professor de educação inclusiva que acompanhe a criança, além da(o) docente da sala de aula.

Esse acompanhamento é garantido por lei para crianças neurodivergentes, não apenas com TEA, mas com TDAH, dislexia, discalculia...que precisam de um suporte para aprenderem.

A presença da criança atípica no ambiente escolar

Toda criança é única, portanto, o processo de aprendizagem também é singular. Cada um aprende no seu tempo, porém quando o material é acessível e adaptado, e com uma equipe de docentes que oferecem o apoio constante, o processo de desenvolvimento da escrita, fala e aprendizagem torna-se muito mais linear. É importante fazer com que a criança sinta que pertence ao ambiente escolar. Exemplo:

  • Incluir em atividades e brincadeiras
  • Oferecer espaço para ser feita leitura em sala de aula
  • Convidar a participar do momento de perguntas e respostas (oferecer para tirar dúvidas ou contar algo a respeito da atividade).
Essas ações precisam ser feitas de forma natural, sem ultrapassar os limites da criança. (...) Um momento para assistir e falar sobre um desenho favorito já é essencial para criar um senso de identificação.

Antes de aprender a escrever, é importante que a criança saiba se comunicar. Para que o processo de escrita seja eficaz, é preciso aproximar o (a) aluno (a) ao ato de utilizar lápis e papel. Ele (a) precisa se familiarizar com a ação, mesmo que no início não escreva uma letra por completo. 


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Alguns passos comuns até chegar a escrever uma frase completa são:

  • Primeiros rabiscos - o ato de pegar no lápis para riscar o papel oferece liberdade, estimula a criatividade e ainda promove o desenvolvimento motor fino, segurar na ponta do lápis exige esforço.
  • Desenhos com formas - desenhar bolinhas, cobrinhas e riscos diversos remetem as letras do alfabeto.
  • Escrever por cima do pontilhado - pedir para a criança pontilhar a vogal A promove familiarização com o alfabeto, que no futuro será apresentado com calma.
  • Copiar o nome de algum personagem com o desenho ao lado - quando a criança reproduz o nome do personagem, mesmo sem saber o que significa, ela associa o que escreveu a imagem que vê. Em outro momento poderá recordar as linhas que formam esse nome que ela reproduziu.
Dessa forma, a criança desenvolve o processo de conhecimento das letras, além da fonética quando formam uma sílaba. (...) Além de transmitir o conhecimento, a professora ou professor precisa acolher não só a criança, mas o núcleo familiar que confia grande parte do dia a (ao) profissional de educação.

* Deixe a rotina clara - monte um quadro com as atividades do dia, isso evita momentos de comportamentos desafiadores e até ansiedades.

* Promova adaptação ao ambiente - convidar a criança a conhecer a sala de aula, o pátio e outros ambientes da escola é muito importante.

* Evitar ruídos - o espaço escolar pode ser barulhento. Perceba se isso afeta a sensibilidade da criança com TEA, caso aconteça, solicite aos pais para que providenciem um fone para abafar os ruídos.

* Entenda os interesses da criança - o aprendizado torna-se mais fluido quando a criança gera certa identificação com o assunto da aula. Sempre há um desenho que é sucesso entre o grupo e atividade voltadas ao tema estimulam a criatividade.

* Use recursos visuais - são ótimos aliados para uma sala que está em processo de alfabetização. Imagens podem compor o quadro de rotina ou ensinar o passo a passo de alguma outra atividade (até mesmo da vida diária).

* Ofereça materiais adaptados - um recurso que pode ser utilizado é o Plano Educacional Individualizado (PEI), que planeja metas dentro da proposta educacional e promove a inclusão de pessoas com autismo na escola.

* Promova a socialização - inclua atividades coletivas como: atividades e tarefas em grupo, jogos e brincadeira. A professora ou professor deve observar como a criança autista vai reagir ao estar em contato com algumas atividades, pode ser que uma específica a deixe mais ou a deixe menos confortável.

O projeto de Lei 3035/20 tem como propósito reforçar a importância das instituições de ensino oferecerem a educação inclusiva para crianças neurodivergentes. A proposta é tornar mais acessível a presença da professora ou professor  com especialização em educação inclusiva para acompanhar as necessidades de cada aluno (a).

Entre os objetivos da política estão:
- Oferecer oportunidades educacionais adequadas; definir a atuação interdisciplinar; estabelecer padrão mínimo para formação acadêmica e continuada para profissionais e par a constituição de equipes multidisciplinares.

De acordo com a Agência Câmara de Notícias, o Projeto de Lei prevê que as escolas da educação básica deverão promover a adaptação do ambiente, levando em consideração, além do déficit de mobilidade, a realidade neurosensorial e o comportamento da criança, sem custos adicionais para os pais ou responsáveis.

- Brincadeiras para crianças atípicas

De acordo com o Blog Amigo Panda, há diversas maneiras de transformar os dias em uma experiência divertida com brincadeiras para crianças atípicas, sejam elas seus filhos (as), pacientes ou amigos (as).
  • Pintura com os pés e as mãos - é uma forma incrível de expressão, permite que as crianças expressem sua criatividade de maneira única.
  • Brincadeiras musicais - a música, além de estimular o desenvolvimento auditivo, promove coordenação motora e a expressão criativa.
  • Brincadeiras ao ar livre - leve as crianças para um passeio no parque ou jardim local, onde possam explorar a natureza. Incentive-as a observar pássaros, coletar folhas e pedras de diversos formatos e até mesmo observar insetos.
  • Jogo de imitação - crie cenários e situações que permitam que as crianças assumam diferentes papéis:  médicos, chefes de cozinha, astronautas, professores... isso ajuda a entender diferentes perspectivas e a praticar habilidades sociais.
  • Brinquedos sensoriais - aqueles que estimulam os sentidos, que fazem barulho, texturas variadas, emitem luzes, cores...
Cada criança é única e suas preferências e necessidades variam. adapte as atividades com a criança de acordo com o que funciona melhor para cada ocasião. O importante é promover um ambiente inclusivo e acolhedor, onde a criança possa se sentir amada, valorizada e segura.



 


sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Jogo de Geografia em sala de aula


 A realização de um jogo de Geografia em sala de aula pode ajudar a dinamizar o ensino, para variar um pouco as aulas e quebrar o ritmo com um jogo fácil e dinâmico ajuda.

- O jogo "Descobrindo a Palavra" - é fácil e semelhante ao famoso jogo da forca.

1) Se houver muitos alunos em sala, divida-os em grupos com no máximo 5 em cad. A competição será entre os grupos.

2) Estabeleça uma forma de sorteio, como uma numeração ou nome para cada grupo a ser sorteado, em papéis dobrados ou outras formas.

3) Escolha a palavra e uma dica, colocando o número de espaços referentes a cada letra da palavra na lousa. 

Exemplo: - - - - - - - - - (dica - ciência que estuda o espaço geográfico ) a palavra escolhida seria: Geografia

4) Sorteie a cada vez o grupo que deverá dizer uma letra. Para cada acerto, é um ponto. Caso alguém acerte a palavra inteira, são cinco pontos. A palavra só poderá ser dita quando faltarem apenas três letras.

5) Vence aquele grupo que fizer a maior pontuação. Ao invés de sorteio, a professora ou professor também poderá optar por um grupo de cada vez.

Assim a sugestão é que a professora ou professor trabalhe com palavras referentes a termos e conceitos que já foram ensinados, para que a turma aprenda melhor o que foi trabalhado e associem a matéria a algo divertido, o que pode fazer com que as aulas rendam mais.

( Me. Rodolfo Alves Pena )

- Trabalho de Campo sobre Problemas Urbanos

Um trabalho de campo pode ser uma ótima ferramenta pedagógica para trabalhar com a questão dos problemas urbanos em aula. A cidade pode ser um grande espaço para a aprendizagem.

Imagem do site: educador.brasiescola.uol.com.br

Por se tratar de um tema diretamente ligado à vida nas cidades, ele pode ser abordado em sala de aula a partir da própria vivência e experiência dos (as) alunos (as), sendo possível a elaboração de um trabalho de campo que permita a visualização de determinadas questões.

Materiais necessários: máquinas fotográficas, cadernos de anotações, notícias de jornais, textos para pesquisas e cartazes para divulgação dos resultados. Antes do trabalho de campo, o professor ou professora deverá realizar uma aula sobre o assunto, fornecendo textos do livro didático ou de outras fontes. Também poderá ser utilizado algumas reportagens que ilustrem casos de problemas urbanos.

Divida a sala em grupos e destine um problema a cada um, como: favelização, ilhas de calor, segregação urbana, degradação dos rios entre outros temas. Peça para que a turma realize uma pesquisa prévia sobre o tema ao qual cada grupo lhe for designado, escolhido ou sorteado. Isso ajudará nas suas percepções durante a aula de campo.

O professor ou professor é quem escolhe o local, pode ser o centro da cidade, uma área periférica, um parque ambiental...durante o percurso é aconselhável que se faça algumas exposições, retomando alguns pontos levantados em sala de aula.

No final da atividade, cada grupo deve elaborar um relatório sobre o trabalho de campo, ilustrando-o com as fotografias registradas. Outra opção é a elaboração de um painel, utilizando cartazes para destacar os resultados. Esses painéis podem ficar expostos na sala de aula ou na escola. Se possível combine cos os (as) estudantes a criação de um blog ou uma página nas redes sociais para a divulgação do trabalho.

( Rodolfo Alves Pena - graduado em Geografia )

( freepik.com )

- Visualizando o papel do Estado no espaço geográfico

O espaço geográfico é a expressão material das relações humanas com o meio. é a forma com que o homem transforma o espaço natural para nele construir a sua vivência e suas atividades produtivas, envolvendo tanto meio agrário quanto o meio urbanizado.

O principal agente de produção e transformação do espaço geográfico é o Estado. Para melhor compreender é importante esclarecer para a turma o que é propriamente o Estado. ( conjunto de instituições públicas que organizam e administram um dado território, exercendo sobre ele a sua soberania a partir de uma relação de poder). 

Dentre as instituições que compõem o Estado, temos o governo, as escolas, os hospitais públicos, as forças armadas, os ministérios ... entre muitos outros. 

Para um trabalho de campo, o professor ou professora, deve selecionar uma área de preferência nas proximidades da escola, onde haja alguma intervenção do Estado envolvendo a construção de uma obra pública ( um viaduto, a construção de um espaço cultural, alguma intervenção no trânsito...)

Durante o trajeto, o professor ou professora pode ressaltar, através de exemplos, que as formas e estruturas manifestas no espaço geográfico estão, direta ou indiretamente relacionadas com a ação estatal, seja pela sua intervenção, seja pela necessidade de sua autorização para a realização de construções e outros elementos. 

Afinal a pavimentação das ruas, a sinalização do trânsito e autorização para construção de prédios e casas são responsabilidades do poder público e reverberam em alterações nas formas e no uso do espaço.

Ao chegar no local escolhido, deve-se evidenciar os motivos daquela obra e atentar os (as) estudantes para detalhes como o preço da construção, cujos valores provavelmente serão elevados, o que torna difícil a sua realização pela iniciativa privada.

É interessante, se possível, a utilização de uma foto antiga do local, a fim de comparar o antes e o depois daquele espaço e assim a turma possa entender melhor o papel do Estado na produção do espaço geográfico.

Após a aula de campo, como possibilidade de avaliação, o professor ou professora pode solicitar uma redação dissertativa sobre o papel do Estado na produção do espaço, utilizando a localidade visitada por exemplo.
( Rodolfo Alves Pena - Graduado em Geografia )

Considerações

Oportunizar momentos lúdicos para dinamizar o contexto educacional, é sempre uma boa estratégia que pode ser executada tanto para descontrair quanto para atrair a atenção da classe e trabalhar de forma alternativa os conteúdos já ensinados. Há inúmeros temas interessantes para se trabalhar com a Geografia, mais dicas no site abaixo.

 


terça-feira, 16 de setembro de 2025

Brincadeiras para as aulas de Português


 Desenvolver o aprendizado da turma através de outros meios que fujam um pouco das aulas teóricas tradicionais, é uma ótima forma não somente de atrair os (as) alunos (as)  como também promovem uma melhor interação em sala de aula entre ele (as) e a professora ou professor.

Pensando nisso, seguem algumas brincadeiras para aprender Português que fará com que a jornada do aprendizado seja mais prazerosa, tanto para a turma quanto para educadores.

1 - Jogo de Agrupar 

Público alvo: a partir de 12 anos

Objetivo: ajuda a identificar as dificuldades da turma em relação à matéria

Passo a passo: serão necessárias folhas contendo palavras com dificuldade ortográfica já trabalhadas. A sala será dividida em duplas. Cada dupla receberá uma folha com as palavras de deverá recortar. Em seguida deverá agrupá-las de acordo com o que tenham em comum. 

Cada participante deverá ler a palavra corretamente, não podendo ler a mesma palavra que o outro tenha lido. Depois colarão no caderno separando em colunas.

2 - Jogo da Adivinhação

Público alvo: a partir dos 11 anos

Objetivo: trabalhar com a dificuldade da turma em relação a palavras, na escrita e na leitura

Passo a passo: confeccionar vária fichas com palavras que contenham a dificuldade ortográfica já trabalhada. Dividir a classe em grupos e a professora ou professor deverá ler as palavras antes de começar o jogo. As fichas serão colocadas dentro de uma caixa e um (a) aluno (a) pega uma ficha e deverá dar pistas para que os outros descubram qual palavra foi sorteada.

Exemplo: usada para costurar ( linha, agulha...), se a pessoa acertar, o grupo ganhará um ponto. Em seguida outra pessoa sorteia mais uma ficha e assim sucessivamente. No final vence o grupo que mais acertou palavras, sendo assim o grupo campeão.

3 - Jogo das Frases

Público alvo: a partir de 10 anos

Objetivo: estimular a mente e o raciocínio rápido para criar frases rapidamente respeitando a concordância.

Passo a passo: escreva frases em tiras de papel colorido, sendo cada frase de uma cor diferente. Recorte essas frases e coloque as palavras em um saquinho ou envelope. Cada estudante retira do saquinho uma palavra. Após todos terem tirado, dê um sinal e marque o tempo.

Cada aluno(a) deverá encontrar o (a) colega que tenha o papel da mesma cor e junto deverão montar a frase. Vence o grupo que formar a frase corretamente primeiro. O jogo poderá se repetir usando outras palavras.

4 - Jogo das Palavras

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Público alvo: a partir de 12 anos

Objetivo: esta é uma dinâmica simples, mas útil pois ajuda a desenvolver a habilidade da formação das palavras e suas divisões silábicas.

Passo a passo: divida a turma em grupos. Distribua fichas com sílabas igualmente para cada grupo, vencerá o grupo que conseguir construir mais palavras.

5 - A Palavra é...

Público alvo: a partir de 12 anos

Objetivo: estimular a criatividade e seu raciocínio rápido para pensar nas palavras e escrevê-las corretamente. A turma é dividida em fileiras.

Passo a passo: serão necessárias folhas de papel em branco, pautadas e numeradas de um a vinte. Será entregue uma folha para o (a) primeiro (a) de cada fileira. A professora ou professor dirá uma palavra e a pessoa deverá escrever o maior número possível de palavras começadas com a primeira letra da palavra dita.

Ao ouvirem a segunda palavra, todos devem passar  afolha de papel para o (a) colega de trás que escreverá também o maior número possível de palavras começadas com a primeira letra da palavra dita. E assim sucessivamente, a fileira que completar a folha com mais palavras escritas será a vencedora.

6 - Sou L ou U?

Público alvo: a partir de 12 anos

Objetivo: escrever corretamente palavras com sonoridades semelhantes quando pronunciadas e uma delas está nas palavras que utilizam o L ou U

Passo a passo: escreva diversas palavras nas fichas, deixando em branco o espaço do L ou do U. Coloque-as num saquinho e chame um (a) aluno (a) à frente, que pegará uma ficha do saquinho e  a professora ou professor deverá ler a palavra e perguntar se está faltando o L ou o U.

Em seguida, a professora ou professor mostra a palavra para a turma e pergunta se ele (a) acertou ou não. Se a pessoa acertou, ganhará a ficha como incentivo, se errar volta para a carteira e o jogo continua até que todos da turma tenham participado.

7 - Jogo dos Sinônimos

Público alvo: a partir dos 12 anos

Objetivo: além de trabalhar com sinônimos, permite fazer variações para trabalhar com outros tipos de exercícios, como plural/singular - feminino/masculino - antônimos

Passo a passo: são necessárias fichas brancas com as palavras e fichas amarelas com os seus respectivos sinônimos. Divida a classe em 2 equipes e as fichas brancas serão distribuídas para uma equipe e as amarelas para a outra. Uma pessoa com a ficha branca lê em voz alta a palavra escrita. Outra com a ficha amarela lê o sinônimo correspondente e elabora uma frase com ele.

Depois é a vez da equipe amarela ler a palavra e a equipe branca achar o sinônimo e formar a frase. E assim até que todos tenham participado. Vence quem tiver mais acertos.

(minhasatividades.com)


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quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Dinâmicas divertidas para o Ensino Médio


 Aproveite o espírito contestador e agitado dos jovens e organize dinâmicas para as aulas no Ensino Médio. As atividades melhoram a participação dos (as ) estudantes e a compreensão da matéria.

 Confira algumas dicas de dinâmicas divertidas que podem mudar a disposição da garotada. Adapte-as a sua disciplina.

1 - Desafio da Mímica

Divida a sala em 2 grupos. Peça para cada equipe escolher um adjetivo ou um substantivo. Um grupo deve escolher um participante para ir até a outra equipe que lhe dirá a palavra, pode ser um animal, um objeto, o tema pode ser de escolha da turma.

O participante que ouviu a palavra deve ir até o centro da sala e por meio de mímicas fazer com que o seu grupo adivinhe o que é. Alterne a vez de cada grupo e dê continuação à brincadeira de forma que todos tenham a oportunidade de fazer a mímica e ajudar seu grupo a vencer.

Determine um tempo para cada exercício de mímica. A equipe que fizer mais acertos ganha o jogo.

2 - Feitiço contra Feiticeiro


Feitiço contra o feiticeiro

Peça para que a sala forme um círculo com as carteiras e solicite que cada pessoa escreva em um pedaço de papel o seu nome e o que o seu vizinho da direita deve fazer. Também peça para não mostrarem para ninguém enquanto escreve, para que cada atividade ser uma surpresa.

Recolha as tiras de papel e as gurde em um recipiente. Em seguida avise que o "feitiço virou contra o feiticeiro", e cada um deverá fazer na frente da turma o que propôs que o outro fizesse.

 Ao fim do exercício você pode lembrar que a vida é cheia de surpresas e nunca devemos desejar aos outros o que não queremos para nós mesmos.

3 -  Conhecendo os (as) colegas

Para a dinâmica você vai precisar de um objeto pequeno. Faça a turma formar um círculo e peça para que a primeira pessoa com o objeto na mão diga o nome e uma informação sobre ela. Pode ser o lugar onde vive, o que gosta de comer, alguma atividade favorita... todos da roda devem pegar o objeto e dizerem algo sobre si.

Quando todos tiverem falado, faça uma segunda rodada, porém quem estiver com o objeto na mão deve tentar se lembrar e dizer a informação que o (a) colega informou no início do jogo. A atividade chama a atenção para a importância de se ouvir o que o outro fala, ao invés de se preocupar unicamente com o que se deve dizer.

4 - História Coletiva


Invenção de história coletiva

Solicite que todos sentem-se no chão e façam um círculo. Diga uma frase qualquer e peça para que um aluno invente um trecho de continuação para que o que você disse. 

Outro (a ) estudante deve completar a fala dele e assim sucessivamente e vão construindo o texto em conjunto.
A mesma atividade pode ser proposta apenas completando palavras com sinônimos. 


5 - Música e Teatro

Música e Teatro


Abra espaço na sala colocando as carteiras em roda, cada estudante deve dizer um trecho da música que gosta. Sorteie alguém para começar a brincadeira dizendo que deve inventar e apresentar no centro do círculo alguma situação em que caiba o trecho da canção.

Um próximo estudante precisa encaixar na situação, enquanto ainda o (a ) colega estiver falando a parte da música que escolheu e assim sucessivamente com os demais alunos (as ) seguidamente. A atividade aguça a criatividade e o raciocínio rápido e gera boas gargalhadas, motiva a interação da classe.


6 - Dinâmica do Interrogatório

Um (a) aluno (a) será escolhido (a) para fazer o papel do interrogado. Ele (a) não pode dizer as palavras NÃO - SIM - PORQUE em seus argumentos.

 Colegas deverão fazer perguntas que induzem o interrogado a falar as palavras proibidas, se ele (a) citar as palavras deve pagar uma prenda de escolha do grupo. Em seguida passa a vez a outro (a) colega.


7 - Sorriso Milionário

Sorriso Milionário

Boa dinâmica para quando faltam poucos minutos para o final da aula e se quer matar tempo ou para a última aula antes da férias. Peça para que cada um forme 5 bolas de papel. Pode ser os papéis usados que foram jogados na lixeira da sala.

As bolinhas devem estar dispersas na sala. Dado o sinal, os (as) alunos (as) deverão desafiar os outros olhando fixamente nos olhos e a pessoa não pode sorrir ou piscar.

A cada vitória de um (a) participante, ganha uma bolinha de papel. Ao final do jogo quem tiver mais bolinhas vence. Se houver empate, devem disputar entre si até que haja vencedor (a).


8 - Um Presente Feito por Você

Amigo secreto – Dê de presente algo feito por você


Escreva em pedaços de papel o nome de cada estudante e os coloque dentro de um recipiente e em seguida cada pessoa pegará um papelzinho e não contará nada a ninguém quem pegou. Caso pegue seu próprio nome deve sortear outro papel.

Em uma data marcada os participantes devem revelar o (a) amigo (a) que foi sorteado e dar de presente algo feito por ele (a). Cada estudante use sua criatividade,  imaginação e habilidades de cada um (a) permitir.

Essa atividade de descontração tem o objetivo de preservar a amizade e é ótima para aulas próximas às férias ou ao Natal.









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